Chamar o Hamas simplesmente de “resistência Palestina” é uma forçação de barra imensa. Como se esse grupo de fanáticos tomasse o poder de fato na região, a população palestina tivesse alguma chance de vida digna. Seria apenas uma troca de carcereiros.
Aos olhos de quem defende a laicidade como um princípio básico para a vida em sociedade, Israel sempre foi indefensável. Não é mais possível normalizar atos políticos baseados em livros de fábulas de procedência duvidosa. A sobrevivência humana no planeta depende cada vez mais de um pacto global em prol da secularização das sociedades.
A posição de Lula sobre o que já podemos chamar de “programa de extermínio de Israel” tem sido exemplar. Eu só queria muito que ele acertasse tanto na questão indígena quanto acerta na questão palestina.