Bolsonaro ultrapassou no dia 8 de outubro a marca de 1 milhão de inscritos em seu canal no Telegram, um aplicativo de mensagens lançado em 2013 como alternativa ao Whatsapp que possui várias vantagens, como envio de mídias e arquivos com até 2 GB, criação de grupos com até 200 mil pessoas (o limite do Whatsapp é 256 usuários) e a criação de canais para transmitir mensagens para audiências ilimitadas,
Sendo assim, Bolsonaro, que nunca parou de fazer campanha, é o pré-candidato à Presidência da República mais influente da plataforma, que usa para compartilhar todo aquele tipo de conteúdo que estamos cansados de ver, ouvir e ler. O Telegram não possui escritório no Brasil, o que vai dificulta ainda mais o combate às fake news nas eleições em 2022. Já sabe o tamanho do estrago, né?
E a esquerda tradicional (ou centro-esquerda, ou sabe-se lá o que restou pra se chamar), como está no Telegram? O número de inscritos no canal do Lula, por exemplo, é cerca de 36 mil usuários. Ciro Gomes, tem pouco mais de 18mil. Em uma busca rápida na plataforma você encontra poucos grupos relacionados aos assuntos e bandeiras da esquerda, que já tem levado de lavada nos últimos anos em matéria de articulação em rede, especialmente via Whatsapp. Vamos repetir a dose no Telegram?
É importante destacar que o pelo menos entre os ciberativistas, grupos de viés mais libertário e movimentos sociais urbanos recentes como os Entregadores Antifascistas, o Telegram tem sido um importante instrumento de diálogo e articulação. Dá uma pesquisada que você acha muita coisa boa. Como se fala nas Rádios Comunitárias: Ocupar, transmitir, resistir!
Assuntos e links da coluna #SeLiganaTag no programa Manhã com Dignidade do dia 20/10/2021.