Em uma realidade em que cada vez mais produtos e serviços tanto públicos quanto privados são acessados por meio de plataformas digitais, é necessário enfrentar tanto problemas como a precarização do trabalho quanto aproveitar as as possibilidades de novos arranjos organizacionais que essas soluções oferecem.
Para dar conta dos problemas, pesquisadores de vários países e instituições envolvidas na análise da economia de plataforma e suas consequências para os trabalhadores lançaram em outubro um “Manifesto para um Trabalho de Plataforma mais Justo” com o objetivo de instalar na Organização Internacional do Trabalho – OIT uma convenção sobre trabalho de plataforma que atenda às necessidades específicas e urgentes dos trabalhadores de plataforma em todo o mundo.
O documento trata de questões fundamentais como classificação errada, baixos salários, riscos à saúde e segurança, discriminação, falta de transparência na gestão algorítmica, falta de representação e principalmente falta de negociação coletiva
É sempre importante lembrar que para além das plataformas privadas, é possível conceber plataformas baseadas no interesse público ou no bem comum, como as cooperativas digitais. Por isso, a organização ITS RIO está oferecendo um curso online e gratuito sobre “Cooperativismo de plataforma: novos modelos para o futuro da economia“. A proposta é tratar do contexto, história e experiências em 4 aulas com as principais referências do tema no país. O curso começa hoje (17/10), às 19h e ainda dá tempo de se inscrever por aqui.
Texto da coluna Cabeça de Rede do Programa JTT de 17 de Outubro.